O Porto do Lixo

Imagens Ney Marcondes

Porto do Sal, que fica no bairro da Cidade Velha, já foi um dos portos mais importantes de Belém, quando servia de espaço para o escoamento de produtos ribeirinhos. Suas atividades foram oficializadas em 1933 e, até hoje, teve apenas uma grande reforma geral neste período, que teria ocorrido em 1990, e hoje sofre com o abandono do poder público municipal





Candomblé Nagô

CANDOMBLÉ NAGÔ RESISTE A AVANÇO EVANGÉLICO NA AMAZÔNIA CATÓLICA

Em Belém do Pará, terreiro mantém rituais milenares, com sacrifício de animais e cânticos em língua yorubá . BREVE!


Documentário especial. Produção Panamazônica, roteiro; Paulo Silber e Paulo Santos, 

© Panamazônica / Paulo Santos / Paulo Silber



O Fundo vai pro brejo na Amazônia.

O Fundo Amazônia existe há mais de 10 anos e é um esforço internacional de preservar a mais importante floresta do mundo através de doações, que são geridas pelo BNDES. Já foram 3 bilhões de reais captados para investimento em projetos de pesquisa, geração de emprego e renda na floresta e combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Hoje, ele é considerado a maior transferência de recursos entre países para a preservação de florestas!

..MAS agora TUDO ISSO ESTÁ ameaçado

Depois de anos com tantos resultados positivos, o governo federal anunciou que pretende implantar mudanças na gestão do Fundo Amazônia. Com uma canetada a Presidência da República decidiu extinguir, a partir do dia 28 de junho de 2019, o Comitê Orientador do Fundo Amazônia e o Comitê Técnico do Fundo Amazônia, fundamentais para a governança do Fundo.

“Ao longo dos seus 10 anos de existência e após muito trabalho de construção, redirecionamentos e padronização, o Fundo se consolidou, perante a sociedade brasileira e seus principais interlocutores, como um dos instrumentos financeiros mais eficientes e reconhecidos, no cenário nacional e internacional, em termos de transparência, governança participativa, diversidade de beneficiários, auditorias e avaliações, e resultados e impactos concretos já alcançados.

Segundo o governo da Noruega, doador majoritário do Fundo: “O fundo Amazônia se tornou uma das melhores práticas globais de financiamento com fins de conservação e uso sustentável de florestas e estimulou parcerias semelhantes de financiamento climático em todo o mundo.

(…) O Fundo Amazônia não é um projeto de governo, mas uma conquista da sociedade brasileira, fruto de negociações internacionais climáticas, cujo consenso gira em torno da construção de um modelo economicamente sustentável na Amazônia que inclua, em sua concepção, os interesses dos povos originários e tradicionais que vivem para e pela floresta em pé.

Fonte: site Campanha em defesa do fundo Amazônia no link azul.

Veja na íntegra e tenha acesso ao manifesto

Notícias publicadas na mídia



O protagonismo indígena e as relações interétnicas nas Américas

Agência Museu Goeldi 01/07/2019

Texto: Erika Morhy

O e-book “Desafiando Leviatãs: experiências indígenas com o desenvolvimento, o reconhecimento e os Estados” é uma publicação do Museu Goeldi e reúne 13 artigos de cientistas sociais indígenas e não indígenas, que abordam a temática em cinco países do continente. A obra é de acesso gratuito e permite ao leitor transitar entre Antropologia, Sociologia, Ciência Política e Direito, oferecendo um conhecimento robusto, construído de forma colaborativa.

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Agência Museu Goeldi – Imponente, a figura do Leviatã atravessou séculos permeando não só a mitologia e a literatura bíblica, mas tem navegado por páginas de obras científicas clássicas e contemporâneas. Do filósofo Thomas Hobbes, no século XVII, ao antropólogo David Maybury-Lewis, no século XX, o monstro aquático é a metáfora de um Estado soberano, ao qual os diversos grupos sociais se submetem para garantir uma ordem social por ele determinada. O livro virtual “Desafiando Leviatãs: experiências indígenas com o desenvolvimento, o reconhecimento e os Estados”, que tem selo do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), permite ao leitor mergulhar em alguns processos emblemáticos dessa relação. O lançamento será nesta quarta-feira (3), durante o 3º Congresso Internacional Povos Indígenas da América Latina (Cipial), em Brasília.

Leia Matéria completa >> Museu Goeldi

A Guerra Pela Floresta

Uma coisa é defender a Amazônia sentado à frente de um poderoso computador conectado com satélites e bancos de dados. Outra é combater os que destroem a região em campo – um verdadeiro campo de batalha. Raros dos milhares de migrantes que chegam à região todos os anos se instala com uma formação sobre o que é realmente a Amazônia e o que constitui a sua singularidade e vantagem: a biodiversidade de vida, ser uma biblioteca biológica, um acervo de riqueza natural.

O pioneiro quer botar a mata abaixo para extrair madeira, abrir clareira, plantar e se sentir “em casa”. Ele vem de um Brasil que destrói florestas e acha que deve ser assim na maior floresta tropical que ainda existe no planeta. Vem para trabalhar duro conforme essa premissa, ter lucro o mais rápido possível e moldar o novo mundo à sua imagem e semelhança. Fica furioso se é contrariado. Não admite contestação ao seu direito de precursor.

O que se segue é o relato de um integrante da equipe do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) sobre a emboscada sofrida no município do Trairão, no sudeste do Pará, no dia 19. Parece uma descrição de batalha numa guerra feroz. Reproduzi na íntegra o texto, tal como foi escrito, para manter a emoção do autor.

Desde ontem estamos bem. Mas a barra pesou para a minha equipe (06 Analistas e 10 PM do BOPE/TÁTICO do Pará armados até os dentes) no dia 19/08 sábado por volta da 19:40 hs. Seguindo informação coletada pelo helicóptero, ao entrar num ramal deparamos com 05 caminhões carregados de tora de angelim vermelho saindo do interior da FLONA ITAITUBA1.

Leia na íntegra no link abaixo


 

O depoimento publicado por Lúcio Flávio Pinto, compartilhado acima, me lembrou a operação Arco de Fogo em Tailândia, sul do Pará, em 2008.
A mesma prática que explora destrói o meio ambiente deixando em seu rastro, miséria e exclusão social se mantém avançando na linha do tempo da história.

* A imagem de capa Operação Ibama e Greenpeace Uruará, 2001


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