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A Saga do Guaribinha

Pequeno orfão de macaco guariba é criado pela adolescente Cristina Viana Barbosa, 17 anos, que o mima feito criança. O filhotinho foi presente de sua avó, que o encontrou em seu quintal.
Conta a mais nova lenda da vila São João Batista, no arquipélago do Bailique, que a avó de Cristina foi procurada no quintal de sua casa  pela mãe do guaribinha que,  baleada por caçadores e percebendo o fim próximo, antes de seu último suspiro, procurou a avó da menina  com olhar suplicante e entregou o pequeno macaquinho nas mãos da boa velinha. Emocionada, a nobre senhora acabou adotando um novo netinho.

Arquipélago do Bailique, igarapé do Macaco, vila São João Batista, Macapá, Amapá, Brasil.

Fotos Paulo Santos

27 e 28/02/2015

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Firmado o primeiro protocolo comunitário na Amazônia.

Articulados pelo GTA – Grupo de Trabalho Amazônico dezenas de lideranças se reuniram na vila São João Batista no arquipélago do Bailique firmando após três dias de debates o primeiro protocolo comunitário na Amazônia
Com a criação da Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB – tratado da Organização das Nações Unidas, e a ratificação do protocolo de Nagoia em 2010, se inicia um processo de organização para os Povos e Comunidades Tradicionais em busca de maior qualidade de vida não apenas na Amazônia, mas em todo mundo.
Assim, em dezembro de 2013 a Rede Grupo de Trabalho Amazônico – GTA, em parceria com a Regional GTA/Amapá, o Conselho Comunitário do Bailique, Colônia de Pescadores Z-5, IEF, CGEN/DPG/SBF/MMA, juntamente com 36 comunidades do Arquipélago do Bailique, inicia o processo de criação do primeiro protocolo comunitário na Amazônia, instrumento que regula relações comerciais amparado por leis ambientais, estabelecendo o mercado justo, proteção da biodversidade, entre outros .
O encontro na comunidade São João Batista no furo do macaco (igarapé que dá acesso a vila), foz do Amazonas, recebeu cerca de 100 lideranças de 28 comunidades durante os dias 27 e 28 de fevereiro último , que chegavam de barcos e canoas acompanhados por suas famílias
Durante o debate, representantes do Ministério do Meio Ambiente, Ministério Público Federal, Fundação Getúlio Vargas, Embrapa e Conab esclareciam dúvidas e indicavam caminhos para fortalecer o primeiro protocolo comunitário na Amazônia.

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Foto e texto: Paulo Santos