O faturamento da agropecuária brasileira neste ano, até novembro, foi a segunda maior desde o início da série estatística, em 1990. Somando 523,6 bilhões de reais, ficou R$ 10 bilhões abaixo do valor alcançado em 2015, que foi de 533,1 bilhões. As lavouras tiveram um valor bruto da produção de R$ 340,6 bilhões, e a pecuária, R$ 183 bilhões, segundo os dados divulgados hoje pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A Agência Pública foi até o alto rio Negro, no noroeste do Amazonas, em busca de entender por que o município mais indígena do Brasil é também o que tem o maior índice de suicídios.
Por Natalia Viana
Faz pouco mais de dois meses que ela se foi, um dia antes do seu aniversário. Maria – vamos chamá-la assim – completaria 20 anos em 2 de março. Ninguém diria que não era uma indiazinha como tantas que colorem as ruas de São Gabriel da Cachoeira, município no noroeste do Amazonas, às margens do rio Negro. Era baixinha, os cabelos negros sobre os ombros, as roupas justas, chinelo de dedos. Mas Maria estava ali só de passagem. No seu enterro os parentes contaram que tinham vindo rio abaixo para passar o período de férias escolares, quando centenas de indígenas de diversas etnias deixam suas aldeias e enchem a sede do município para resolver pendências burocráticas. Ali na cidade, ela arrumou namorado, um militar, e passava os dias com ele, quando não estava entre amigos. Mas nos últimos dias Maria andava triste: o casal havia rompido o namoro. Estava estranha, nervosa. Os parentes contaram que chegou a ter alucinações.
Os Zo’é entraram para a história como um dos últimos povos “intactos” na Amazônia. Seu contato com missionários protestantes norteamericanos e com sertanistas da Funai foi largamente noticiado pela mídia, que em 1989 divulgou as primeiras imagens deste povo tupi, até então vivendo uma situação de isolamento.
A Funai tinha conhecimento da existência do grupo desde pelo menos o início dos anos 70, quando procedeu ao levantamento dos grupos isolados que estavam na rota da construção da rodovia Perimetral Norte (BR210). Na época, o contato com o grupo do Cuminapanema foi planejado, mas a interrupção das obras da Perimetral levaram a Funai a desistir do contato.
Comunidade dos índios Zoé’s. Oriximiná, Pará, Brasil. Foto Beto Barata 06/2009
Comunidade dos índios Zo’é. Oriximiná, Pará, Brasil. Foto Beto Barata 06/2009
Comunidade dos índios Zoé’s. Oriximiná, Pará, Brasil. Foto Beto Barata 06/2009
Comunidade dos índios Zoé’s. Oriximiná, Pará, Brasil. Foto Beto Barata 06/2009
Comunidade dos índios Zoé’s. Oriximiná, Pará, Brasil. Foto Beto Barata 06/2009
Comunidade dos índios Zoé’s. Oriximiná, Pará, Brasil. Foto Beto Barata 06/2009
Comunidade dos índios Zoé’s. Oriximiná, Pará, Brasil. Foto Beto Barata 06/2009
Comunidade dos índios Zoé’s. Oriximiná, Pará, Brasil. Foto Beto Barata 06/2009
Comunidade dos índios Zoé’s. Oriximiná, Pará, Brasil. Foto Beto Barata 06/2009
Comunidade dos índios Zoé’s. Oriximiná, Pará, Brasil. Foto Beto Barata 06/2009
O fotógrafo Beto Barata iniciou sua carreira em 1996 como estagiário do depto. fotográfico do jornal Correio Braziliense. Nestes dezenove anos de profissão atuou nas redações dos jornais The Brazilians (EUA) e Folha de S. Paulo (Sucursal Brasilia), na revista Isto é Gente e nas agências Eclipse Photo Agency (EUA), Photoagência e Associated Press (EUA). Em 2001 foi contratado pelo jornal O Estado de S. Paulo aonde permaneceu até o ano de 2013, tendo atuado tanto na sede em São Paulo como na sucursal Brasília. Em 2010 foi convidado a fazer parte do acervo permanente da galeria de fotografias Fine Art, A Casa da Luz Vermelha, de propriedade do fotógrafo Kazuo Okubo. Atualmente faz trabalhos – Free Lancer – para várias agências e publicações nacionais e internacionais. Em 2009 tornou-se mergulhador PADI de nível avançado com especialização em Nitrox e Fotografia Subaquática.
Ensaio produzido durante a expedição para criação do território indígena do alto e médio rio Negro no Amazonas
1997
Fotos Paulo Santos
Criança Hupda brinca saltando de uma árvore no rio Negro. Comunidade indígena Hupda as margens do rio Negro em frente São Gabriel da Cachoeira. Expedição para criação do território indígena do rio Negro. São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, Brasil. Foto Paulo Santos. 1997
Crianças Tukano Expedição para criação do território indígena do rio Negro. São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, Brasil Foto Paulo Santos. 1997
Comunidade Tukano Expedição para criação do território indígena do rio Negro. São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, Brasil Foto Paulo Santos. 1997
Índia Tukano trabalha com a produção de farinha. Expedição para criação do território indígena do rio Negro. São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, Brasil Foto Paulo Santos. 1997
Família trabalha na produção de farinha. Comunidade Tukano no rio Curícuriarí. Expedição para criação do território indígena do rio Negro. São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, Brasil Foto Paulo Santos. 1997
Criança Hupda na casa de farinha Comunidade indígena Hupda no rio Negro Expedição para criação do território indígena do rio Negro. Expedição para criação do território indígena do rio Negro. São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, Brasil. Foto Paulo Santos. 1997
Debate em Manaus propõe reflexão sobre o desmatamento da Amazônia e a crise hídrica no Brasil.
A agência de jornalismo Amazônia Real convida os jornalistas, estudantes de Comunicação Social e interessados no tema socioambiental para participar do debate O desmatamento da Floresta Amazônica e a Crise Hídrica no Brasil, dia 29 de abril, das 14h às 17h, na Galeria do Icbeu, na rua Joaquim Nabuco, no centro de Manaus.
Amostras que estavam nos Estados Unidos serão devolvidas em celebração nesta sexta-feira, 3 de abril, na aldeia Piaú/AM, com a presença de autoridades do Ministério Público Federal, Itamaraty e Funai.
A Hutukara Associação Yanomami (HAY) está organizando a devolução do sangue que foi coletado nos anos 1960 e 1970 por pesquisadores americanos e levado para os Estados Unidos sem o consentimento do povo Yanomami. A aldeia escolhida para celebração fica na região do Toototobi, Amazonas, onde se concentra boa parte das pessoas que teve seu sangue coletado. Durante a cerimônia haverá um ritual funerário com as amostras de sangue dos Yanomami que não estão mais vivos.
Território Yanomami / Fotografia de Odair Leal. Representantes das 37 regiões da Terra Indígena Yanomami discutiram plano para o futuro, firmaram pacto contra mineração e elegeram nova diretoria em meio aos festejos que incluíram cantos, danças e diálogos cerimoniais Entre os dias 15 e 20 de outubro mais de 700 representantes yanomami reuniram-se na aldeia Watoriki (Demini), no Amazonas, na VII Assembleia Geral da Hutukara Associação Yanomami (HAY) que teve como tema os 20 anos da homologação da Terra Indígena Yanomami. FOTO: ODAIR LEAL
Território Yanomami / Fotografia de Odair Leal. Representantes das 37 regiões da Terra Indígena Yanomami discutiram plano para o futuro, firmaram pacto contra mineração e elegeram nova diretoria em meio aos festejos que incluíram cantos, danças e diálogos cerimoniais Entre os dias 15 e 20 de outubro mais de 700 representantes yanomami reuniram-se na aldeia Watoriki (Demini), no Amazonas, na VII Assembleia Geral da Hutukara Associação Yanomami (HAY) que teve como tema os 20 anos da homologação da Terra Indígena Yanomami. FOTO: ODAIR LEAL
Território Yanomami / Fotografia de Odair Leal. Representantes das 37 regiões da Terra Indígena Yanomami discutiram plano para o futuro, firmaram pacto contra mineração e elegeram nova diretoria em meio aos festejos que incluíram cantos, danças e diálogos cerimoniais Entre os dias 15 e 20 de outubro mais de 700 representantes yanomami reuniram-se na aldeia Watoriki (Demini), no Amazonas, na VII Assembleia Geral da Hutukara Associação Yanomami (HAY) que teve como tema os 20 anos da homologação da Terra Indígena Yanomami. FOTO: ODAIR LEAL
Território Yanomami / Fotografia de Odair Leal. Representantes das 37 regiões da Terra Indígena Yanomami discutiram plano para o futuro, firmaram pacto contra mineração e elegeram nova diretoria em meio aos festejos que incluíram cantos, danças e diálogos cerimoniais Entre os dias 15 e 20 de outubro mais de 700 representantes yanomami reuniram-se na aldeia Watoriki (Demini), no Amazonas, na VII Assembleia Geral da Hutukara Associação Yanomami (HAY) que teve como tema os 20 anos da homologação da Terra Indígena Yanomami. FOTO: ODAIR LEAL
Território Yanomami / Fotografia de Odair Leal. Representantes das 37 regiões da Terra Indígena Yanomami discutiram plano para o futuro, firmaram pacto contra mineração e elegeram nova diretoria em meio aos festejos que incluíram cantos, danças e diálogos cerimoniais Entre os dias 15 e 20 de outubro mais de 700 representantes yanomami reuniram-se na aldeia Watoriki (Demini), no Amazonas, na VII Assembleia Geral da Hutukara Associação Yanomami (HAY) que teve como tema os 20 anos da homologação da Terra Indígena Yanomami. FOTO: ODAIR LEAL
Território Yanomami / Fotografia de Odair Leal. Representantes das 37 regiões da Terra Indígena Yanomami discutiram plano para o futuro, firmaram pacto contra mineração e elegeram nova diretoria em meio aos festejos que incluíram cantos, danças e diálogos cerimoniais Entre os dias 15 e 20 de outubro mais de 700 representantes yanomami reuniram-se na aldeia Watoriki (Demini), no Amazonas, na VII Assembleia Geral da Hutukara Associação Yanomami (HAY) que teve como tema os 20 anos da homologação da Terra Indígena Yanomami. FOTO: ODAIR LEAL
Território Yanomami / Fotografia de Odair Leal. Representantes das 37 regiões da Terra Indígena Yanomami discutiram plano para o futuro, firmaram pacto contra mineração e elegeram nova diretoria em meio aos festejos que incluíram cantos, danças e diálogos cerimoniais Entre os dias 15 e 20 de outubro mais de 700 representantes yanomami reuniram-se na aldeia Watoriki (Demini), no Amazonas, na VII Assembleia Geral da Hutukara Associação Yanomami (HAY) que teve como tema os 20 anos da homologação da Terra Indígena Yanomami. FOTO: ODAIR LEAL
Território Yanomami / Fotografia de Odair Leal. Representantes das 37 regiões da Terra Indígena Yanomami discutiram plano para o futuro, firmaram pacto contra mineração e elegeram nova diretoria em meio aos festejos que incluíram cantos, danças e diálogos cerimoniais Entre os dias 15 e 20 de outubro mais de 700 representantes yanomami reuniram-se na aldeia Watoriki (Demini), no Amazonas, na VII Assembleia Geral da Hutukara Associação Yanomami (HAY) que teve como tema os 20 anos da homologação da Terra Indígena Yanomami. FOTO: ODAIR LEAL
Território Yanomami / Fotografia de Odair Leal. Representantes das 37 regiões da Terra Indígena Yanomami discutiram plano para o futuro, firmaram pacto contra mineração e elegeram nova diretoria em meio aos festejos que incluíram cantos, danças e diálogos cerimoniais Entre os dias 15 e 20 de outubro mais de 700 representantes yanomami reuniram-se na aldeia Watoriki (Demini), no Amazonas, na VII Assembleia Geral da Hutukara Associação Yanomami (HAY) que teve como tema os 20 anos da homologação da Terra Indígena Yanomami. FOTO: ODAIR LEAL
Com a missão de contribuir com a formação de cidadãos críticos, participativos e comprometidos com a sustentabilidade, o amapaense Rubens Gomes criou, em 20 de março de 1998, a Oficina Escola de Lutheria da Amazônia – OELA.
Rubens Gomes fundador da Oela apresenta violão produzido na escola.
Instalada no bairro Zumbi dos Palmares, em Manaus, a OELA começou com a produção de instrumentos musicais de cordas dedilhadas e caixa de ressonância utilizando madeiras amazônicas manejadas e certificadas, oferecendo cursos e oficinas, da arte da lutheria, a alguns estudantes da comunidade.
Hoje ao completar 17 anos de sua fundação, a OELA, que não vive só de música, atende a mais de dois mil alunos matriculados na rede pública de ensino fundamental e médio, com diversos cursos e atividades complementares para crianças e adolescentes, contribuindo com o desenvolvimento de suas qualidades intelectuais, assim como valores fundamentais de solidariedade e respeito com os seus colegas e o meio ambiente.
Uma iniciativa que deu muito certo. Parabéns aos que fazem a coisa andar.